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Será que um animal extinto pode voltar à vida? É o que a Colossal Biosciences – empresa de biotecnologia e engenharia genética – está tentando fazer. Com sede nos Estados Unidos, o objetivo da empresa é procurar reverter a extinção de diversas espécies, como é o caso da ave Dodô.
Conheça tudo sobre o pássaro Dodô e o projeto que pretende “reviver” a extinta espécie. Saiba mais!
Dodô: a ressurreição da ave por meio da ciência
Em 2023, a Colossal Biosciences anunciou pela primeira vez a sua intenção de ressuscitar o Dodô. Vale ressaltar, que trata-se de uma espécie que esteve viva até o século XVI e a primeira ossada completa foi encontrada apenas em 2017.
Em parceria com a Mauritian Wildlife Foundation (MWF), a missão da empresa Colossal Biosciences conta com a colaboração de time de especialistas (geneticistas e conservacionistas) que visa trazer de volta o extinto Dodô.
O objetivo é reintroduzi-lo em seu habitat natural nas Ilhas Maurício. Beth Shapiro, especialista em DNA antigo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e o seu time, conseguiram recuperar informações de DNA de restos dessas aves de 500 anos em um museu na Dinamarca.
A partir disso, o processo para “ressuscitar” está planejado com base na modificação do parente vivo mais próximo do Dodô, o pombo-de-nicobar (Caloenas nicobarica).
O desafio é testar uma variedade de condições para otimizar os parâmetros de crescimento de células germinativas primordiais (PGCs).
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Dessa forma, será feita uma transferência de linhagem germinativa de PGCs, como uma espécie de “barriga de aluguel interespécies”, até passar para fase da incubação do ovo.
A startup também estuda transformar elefantes modernos em mamutes-lanudos e ressuscitar o extinto lobo-da-tasmânia.
Pássaro dodô: conheça a espécie extinta que pode “reviver”
Extinto por volta de 1662 a 1690, o Dodô (Raphus cucullatus) era uma ave gigante – parente de abutres e pombos – que chegava a medir, em média, quase um metro de altura.
A espécie que vivia isolada nas Ilhas Maurício, localizada no Oceano Índico, foi completamente aniquilada por colonos europeus no século 17. A combinação de caça por humanos e por animais introduzidos, levou à extinção da espécie.
O Dodô era uma ave singular, que se tornou um ícone da extinção causada pela ação humana. Sua expectativa de vida era de 10 a 30 anos. Eles viveram cerca de 150 anos nas Ilhas Maurício até serem extintos.
Características da ave Dodô
Para resumir a aparência da espécie, podemos dizer que parecia um grande pombo. Com as cores predominantes na cor cinza ou marrom, com tons mais claros na parte inferior do corpo e a cauda branca.
O Dodô não voava, isso porque a ave pesava cerca de 23 quilos e, como mencionamos, tinha em média quase 1 metro de altura. A estrutura do seu corpo era robusta e redonda, com a cabeça grande e redonda, sem penas na parte frontal.
Como não voava, o crescimento das asas havia desacelerado, aparentando características de uma ave juvenil. A envergadura do dodô variava de 56 a 66 centímetros.
Além disso, a estrutura mais robusta, não só inviabilizou a habilidade de voo, como também influenciou na mobilidade da ave. O resultado foi que os pássaros ganharam ossos grossos nas pernas, grandes rótulas e uma pelve larga.
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O seu bico grande e curvado também chamava atenção, apresentando uma certa similaridade com a de um tucano. A ponta do bico apresentava um formato de gancho, o que não limitava o acesso à comida baixa, frutas caídas e raízes.
As Ilhas Maurício eram o paraíso dos pássaros dodô
Não existe uma explicação sólida de como os dodôs chegaram nas Ilhas Maurício, que eram o único lugar do planeta onde era possível encontrar a ave.
Segundo a Colossal Biosciences, a vida dos dodôs na região do Oceano Índico era perfeita, a nível de condições ideais. O que explica porque a ave tornou-se incapaz de voar, pois não tinha a necessidade de migrar para procurar outro habitat.
Além das características incomuns do Dodô, que podem ser atribuídas ao seu isolamento, o comportamento das aves também era de acordo com a tranquilidade que viviam.
Os Dodôs eram dóceis e desconheciam os perigos representados pelos animais predadores, ou seja, eles não encontraram nenhum perigo próximo de predadores naturais e humanos. Mas, por conta desse comportamento, a espécie acabou tornando-se um alvo fácil.
Reprodução dos dodôs
Os Dodôs se reproduziam pouco. As fêmeas botavam apenas um ovo por ano. Estima-se que por conta da estrutura óssea das aves, os filhotes nasciam por meados de agosto, com uma altura média de 20 cm. O desenvolvimento dos filhotes até a fase adulta acontecia muito rapidamente.
Dodô era uma ave que se alimentava de pedras
Além de comer frutas fibrosas, nozes, sementes, bulbos, mariscos e caranguejos, um dos aperitivos preferidos do Dodô eram pedras.
Sim, de acordo com a Colossal, as rochas eram parte essencial da dieta da ave. A ingestão de pedras eram como caroços de moela ou gastrólitos para a espécie, o “alimento” auxiliava na digestão do pássaro.
Curiosidades do pássaro dodô
Devido a sua estrutura, o Dodô era asssociado às características de desajeitado, burro e pesado. Por conta disso, a ave ganhou destaque ao aparecer no clássico “Alice no País das Maravilhas”, do escritor Lewis Carroll.
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Tomara que dê certo ‘reviver’ o Dodô, não é mesmo? Se você gostou do conteúdo, no Blog da Cobasi você encontra conteúdo exclusivo sobre ave e tudo relacionado ao mundo animal. Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!
Autor
Bah Ribeiro
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