Vereadora Júlia fiscaliza escolas certificadas com Selo Antirracista
Escrito por Bah Ribeiro em 11/12/2024
A revisão do projeto político-pedagógico, a formação em letramento racial de professores e funcionários e a criação dos Núcleos Antirracistas nas escolas serão avaliadas pela Comissão presidida pela vereadora Júlia Casamasso
Petrópolis, 10 de dezembro de 2024 – A vereadora Júlia Casamasso, presidente da Comissão Especial de Memória Negra e Trabalhadora da Câmara Municipal, conduziu uma ação de fiscalização nas oito escolas que receberam o Selo Escola Antirracista, da prefeitura de Petrópolis. O resultado do levantamento será apresentado no relatório final da comissão especial, previsto para janeiro de 2025.
Visando promover práticas antirracistas no ambiente escolar e reconhecer instituições que se destacam nesse sentido, o selo foi uma iniciativa da Prefeitura de Petrópolis, em parceria com a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (Copir), e foi idealizado pelo coordenador da entidade, Filipe Graciano, e pelo ex-secretário de Educação municipal, José Luiz Lima.
“Nossa fiscalização nas escolas certificadas cumpriu o intuito de diagnosticar potenciais acertos e erros, a fim de fortalecer e consolidar por meio legislativo a certificação”, detalha a vereadora. Para selecionar as unidades participantes, a prefeitura lançou um edital que recebeu inscrições de diversas unidades, das quais 8 foram certificadas com o Selo Escola Antirracista.
“A educação é uma ferramenta poderosa na luta contra o racismo, e o Selo é uma forma de incentivar e reconhecer os esforços das instituições nesse caminho,” afirma a vereadora. Para avaliar se os projetos e atividades voltados à promoção da igualdade racial estão alinhados com os critérios estabelecidos pelo Selo, a vereadora conduziu visitas presenciais e aplicou questionários detalhados às instituições. Durante a fiscalização, Júlia avaliou a implementação dos projetos antirracistas nas escolas e conversou com professores, alunos e diretores sobre as iniciativas em andamento. “É fundamental que estejamos atentos à aplicação das políticas antirracistas nas nossas escolas”, explica.
A avaliação será feita a partir dos três eixos principais do selo: a revisão do projeto político-pedagógico (PPP), a formação em letramento racial de professores e funcionários, e a criação dos Núcleos Escolares Antirracistas. “As escolas visitadas demonstraram compromisso com a causa antirracista, e estão promovendo atividades que abordam questões sobre democracia rracial de forma prática e educativa, mas é crucial seguirmos na observância, a fim de garantir que o Selo de fato ajude a responder de maneira transformadora aos problemas concretos de Petrópolis, que é a terceira cidade com mais casos de racismo do RJ”.
Criada em junho, a Comissão Especial da Memória Negra e Trabalhadora encerrará suas atividades até o final de 2024, depois de 195 dias de trabalho. Em janeiro do próximo ano, será apresentado um relatório detalhando os levantamentos sobre o Selo Escola Antirracista e outras pautas acompanhadas pela Comissão, como a luta do Quilombo da Tapera, a participação nos encontros do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Cefet/RJ Campus Petrópolis (Neabi), curso sobre racismo ambiental realizado pelo Instituto Todos Juntos Ninguém Sozinho (TJNS) nos territórios e outras atividades da delegação. O documento será disponibilizado online para toda a população a partir de janeiro de 2025.