Hipotireoidismo em cães: sintomas, tratamento e como cuidar do seu pet
Escrito por Bah Ribeiro em 25/02/2025

O hipotireoidismo é uma das doenças hormonais mais comuns nos cães. Essa condição ocorre quando a glândula tireoide reduz a produção de hormônios essenciais para o funcionamento do organismo do animal.
Assim como nos humanos, todo cachorro tem tireoide, uma glândula essencial que regula o metabolismo, os batimentos cardíacos, a digestão e a temperatura corporal.
Quando ocorre uma disfunção na tireoide, os impactos na saúde do pet podem ser significativos, afetando seu bem-estar e vitalidade.
Mas afinal, o que causa o hipotireoidismo em cães? Quais os sintomas e como tratar? Neste artigo, você vai entender tudo sobre essa condição, quais raças são mais propensas e como oferecer o melhor cuidado para o seu pet. Confira!
O que é hipotireoidismo em cães?
O hipotireoidismo canino ocorre quando a tireoide deixa de produzir hormônios essenciais para o metabolismo e funcionamento do organismo. Essa disfunção pode afetar o peso, a disposição e até o crescimento do pelo do pet, comprometendo sua qualidade de vida.
A doença impacta funções vitais, como batimentos cardíacos, funcionamento do intestino, humor e ciclo menstrual das fêmeas.
Estágios do hipotireoidismo em cães
A doença pode ser classificada em diferentes estágios, dependendo da gravidade e do tempo de desenvolvimento:
- Fase inicial – sintomas leves e inespecíficos, como leve cansaço e mudanças na pelagem.
- Fase intermediária – ganho de peso, letargia evidente e queda significativa de pelos.
- Fase avançada – comprometimento do metabolismo geral, problemas cardíacos e infecções recorrentes.
A identificação precoce permite um tratamento mais eficaz e evita complicações.
Quais os sintomas do hipotireoidismo em cães?

Os sintomas do hipotireoidismo em cães são variados e podem ser percebidos pelo tutor de maneira gradual. Como os hormônios T3 e T4 regulam diversas funções do organismo, sua baixa produção pode causar:
- ganho de peso sem aumento na alimentação;
- letargia e fraqueza constantes;
- queda excessiva de pelo e pelagem sem brilho;
- pele ressecada e descamativa;
- feridas na pele de difícil cicatrização;
- mudanças no comportamento, como apatia e depressão.
Caso o seu cão apresente um ou mais desses sinais, é fundamental procurar um médico-veterinário de confiança. A identificação precoce desses sintomas permite um tratamento mais eficiente e melhor qualidade de vida para o animal.
Causas do hipotireoidismo em cães
O hipotireoidismo canino pode ter diferentes origens, sendo as mais comuns:
- Doenças autoimunes, como a tireoidite linfocítica, em que o próprio sistema imunológico ataca a tireoide;
- Atrofia idiopática da tireoide, que ocorre quando há uma degeneração gradual do tecido tireoidiano sem causa aparente;
- Neoplasias (tumores), embora seja uma causa mais rara;
- Deficiências nutricionais severas podem influenciar, mas são pouco comuns.
Hipotireoidismo: grupos e fatores de risco
Embora qualquer cão possa desenvolver hipotireoidismo, algumas raças têm uma predisposição maior:
- Golden Retriever
- Labrador Retriever
- Cocker Spaniel
- Beagle
- Doberman Pinscher
- Boxer
- Dachshund
- Setter Irlandês
- Schnauzer Miniatura
- Pastor de Shetland
Além disso, cães adultos e idosos são mais propensos a desenvolver hipotireoidismo.
Diagnóstico
Para confirmar o hipotireoidismo, o veterinário pode solicitar exames como:
- Teste de T4 total – avalia os níveis do hormônio tireoidiano;
- Teste de TSH – verifica a resposta da glândula tireoide;
- Teste de T4 livre – confirma a produção inadequada do hormônio;
- Exames complementares, como hemograma e bioquímico, para descartar outras condições.
Esses exames ajudam a diferenciar o hipotireoidismo de outras doenças com sintomas semelhantes, como Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), Dermatites severas, Obesidade sem causa endócrina e Doenças cardíacas, por exemplo.
Tratamentos

De modo geral, o tratamento do hipotireoidismo em cães é baseado na reposição hormonal contínua com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o T4. Além disso, o veterinário poderá indicar outros cuidados, como:
- ajustar a dieta para evitar ganho de peso excessivo;
- monitorar a saúde do cão com exames periódicos;
- manter rotina de exercícios leves para preservar a musculatura;
- acompanhar a resposta ao tratamento com consultas regulares.
Prevenção do hipotireoidismo em cães
Embora o hipotireoidismo não possa ser evitado totalmente, algumas medidas ajudam a manter a saúde hormonal do pet:
- Check-ups veterinários regulares;
- Alimentação equilibrada e de qualidade;
- Evitar cruzamentos de cães com histórico da doença;
- Monitoramento frequente de cães pertencentes a raças predispostas.
A prevenção não garante que o cão nunca terá hipotireoidismo, mas pode ajudar no diagnóstico precoce, permitindo um melhor controle da condição.
O hipotireoidismo em cães é contagioso?
Não, o hipotireoidismo não é uma doença contagiosa e não pode ser transmitido de um animal para outro. Como também não é zoonótica, ou seja, não pode ser transmitida para humanos.

O conteúdo te ajudou? O hipotireoidismo em cães é uma doença comum, mas tratável. Com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, o pet pode ter uma vida saudável e feliz.
Se o seu cão apresentar sintomas compatíveis com a doença, procure um veterinário imediatamente. O tratamento adequado faz toda a diferença na qualidade de vida do seu amigo de quatro patas!
Autor
Bah Ribeiro
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