Mário se pronuncia sobre logística dos treinos sem Diniz em Data-Fifa e possível conflito de interesses

Em entrevista coletiva no início de tarde desta quarta-feira, no CT Carlos Castilho, Mário Bittencourt explicou a situação que envolve o acúmulo de funções de Fernando Diniz como técnico do Fluminense e interino na seleção brasileira. Duas preocupações que surgem com isso é de conflito de interesses e também a logística relacionada aos treinos da equipe tricolor quando o treinador estiver fora pelas Datas-Fifa. O presidente comentou a respeito.

— Sempre que se tem maior espaço, a “semana cheia”, usa-se para trabalhar algumas coisas que não trabalha com jogos quarta e domingo. Às vezes, com 15 dias entre um jogo, o descanso também faz parte. Às vezes também se dá quatro dias de descanso, o “destreino”. Não vejo conflito de interesses, assim como não vejo quando nosso preparador Marcos Seixas vai pra seleção na Olimpíada. Outros profissionais aqui também atendem a seleção brasileira. Essa comissão técnica do Fluminense não vai toda com o Fernando. Só dois auxiliares. E talvez não vão todos juntos. Alinhamos que sempre um vai ficar. Provavelmente o Eduardo, que comandará os treinos. Pode auxiliar lá sem ir fisicamente, vendo jogos etc – iniciou, prosseguindo:

— Se partir do princípio que tem conflito de interesses, então vai ter tudo. Todo técnico tem empresário, assim como jogador. Quantas vezes um técnico convoca o jogador do mesmo empresário? Várias. Há uns seis empresários grandes no futebol brasileiro. É muito difícil formar a cabeça do cidadão comum que a CBF é uma entidade privada. Isso é assim há 50 anos. Qualquer coisa que acontece quando as pessoas querem criticar para bater ou diminuir o projeto. Foi passado um cronograma. Em agosto ele faz uma convocação e se apresenta no dia seguinte ao jogo do Fluminense. Todo jogo ele estará à beira do campo. Nos períodos curtos, o Eduardo dará os treinos. Lógico que avaliamos a questão da Libertadores. O jogo é em setembro, mas só tem jogo da Libertadores 15 ou 16 dias depois. Todos no Fluminense opinaram que o projeto não prejudicaria o Fluminense. Não vejo conflito.